quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

O poder da imprensa sobre a política

Quem hoje não reconhecer o poder dos media sobre a forma de fazer política, pode dedicar-se ao crochet. Fazer política sem se relacionar com a imprensa é como escrever um livro sem o publicar.

Esta introdução explica porque razão dois políticos podem obter resultados distintos na avaliação popular do seu desempenho. Um bom político que faça um trabalho fabuloso pode nunca ser reconhecido pela população se não souber relacionar-se com a imprensa. Já um político a roçar a mediocridade pode ter uma imagem popular bastante boa se souber usar a imprensa a seu favor.

Temos ainda exemplos de bons políticos a fazer um trabalho excepcional de colaboração com a imprensa, como será o caso do nosso primeiro-ministro. As já celebres imagens do jogging matinal em todo o mundo não são de todo ocasionais. Passam uma imagem subjectiva do homem normal que se preocupa com a mente sã em corpo são, e que tem hábitos normais como qualquer cidadão anónimo. Veja-se que apesar da política de austeridade que tem imposto, mantém níveis muito altos de popularidade em todas as sondagens.

Vejamos também o exemplo do nosso Presidente da CMS. Ainda não vimos em dois anos e meio nenhuma obra feita a que se possa dar esse nome. No entanto vemos uma fotografia sua em todos os jornais locais, e essa omnipresença deixará na mente dos menos atentos a estas coisas da política a ideia subjectiva de que tem realizado muita coisa.

Poderemos criticar a posição da imprensa? Claro que não! É o seu papel na sociedade. Mostrar aquilo que os leitores ou ouvintes querem saber.

Saber relacionar-se com a imprensa sem cair na tentação da política mediática é o segredo do político responsável que encontrando o equilíbrio entre as duas faces da moeda, levará ao sucesso a gestão da sua performance política.
Rui Viana

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