O descrédito do mais alto cargo do Estado
O “Senhor Presidente da Republica” perde o estatuto de “Senhor” com letra maiúscula. De facto o homem que exerce este cargo e que deve ter por inerência do seu lugar uma postura de isenção partidária, bem como uma atitude sobranceira na representação do Estado, caiu em desgraça ao vir fazer uma comunicação ao país com uma linha de pensamento ziguezagueada e incoerente.
- Começa por acusar o partido do governo de o tentar envolver em questões politicas para desviar as atenções dos problemas do país.
- De seguida confirma que existem na Casa Oficial da Presidência suspeitas de escutas ao questionar onde está o crime de um assessor dizer isso mesmo, ainda que negue ter dado autorização ao assessor para falar em nome dele.
- Posteriormente diz que soube nesta altura que o sistema informático da Casa Oficial da Presidência da Republica tem vulnerabilidades, deixando no ar a suspeita de que possa estar a ser espiado.
- Pelo meio afirma que nunca houve nada dito ou escrito por ele sobre escutas.
- Informa ainda que demitiu o assessor por este não estar autorizado a falar em nome dele (neste caso sobre escutas) mas levanta as suspeitas sobre os seus mail’s.
Em conclusão, qualquer de nós pode suspeitar sobre a segurança do nosso correio electrónico ou sobre a possibilidade de um telefone poder estar ilegalmente sobre escuta.
No entanto, esta dúvida levantada por um Presidente da Republica põe em causa a idoneidade de um governo, pelo que a não ser provado deveria ser alvo de um processo-crime por difamação, tal como aconteceria a qualquer um de nós que proferisse tal infundada afirmação.
Posto isto, penso que este Presidente da Republica perdeu a legitimidade para o cargo que exerce, pois o próprio não consegue desimisquir-se da actividade partidária tendo mesmo a veleidade de se substituir a um PSD politicamente falido.
Rui Viana
- Começa por acusar o partido do governo de o tentar envolver em questões politicas para desviar as atenções dos problemas do país.
- De seguida confirma que existem na Casa Oficial da Presidência suspeitas de escutas ao questionar onde está o crime de um assessor dizer isso mesmo, ainda que negue ter dado autorização ao assessor para falar em nome dele.
- Posteriormente diz que soube nesta altura que o sistema informático da Casa Oficial da Presidência da Republica tem vulnerabilidades, deixando no ar a suspeita de que possa estar a ser espiado.
- Pelo meio afirma que nunca houve nada dito ou escrito por ele sobre escutas.
- Informa ainda que demitiu o assessor por este não estar autorizado a falar em nome dele (neste caso sobre escutas) mas levanta as suspeitas sobre os seus mail’s.
Em conclusão, qualquer de nós pode suspeitar sobre a segurança do nosso correio electrónico ou sobre a possibilidade de um telefone poder estar ilegalmente sobre escuta.
No entanto, esta dúvida levantada por um Presidente da Republica põe em causa a idoneidade de um governo, pelo que a não ser provado deveria ser alvo de um processo-crime por difamação, tal como aconteceria a qualquer um de nós que proferisse tal infundada afirmação.
Posto isto, penso que este Presidente da Republica perdeu a legitimidade para o cargo que exerce, pois o próprio não consegue desimisquir-se da actividade partidária tendo mesmo a veleidade de se substituir a um PSD politicamente falido.
Rui Viana