quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Democracia (?) comunista: Dois pesos e duas medidas

Se de repente ouvir dizer que o presidente da CMS, Augusto Pólvora, foi “convidado” a demitir-se e que o novo presidente se chama Felícia Costa, isso é… NORMAL!!!

É esta a lógica comunista de democracia. A população vota num partido que apresenta um nome como candidato a Presidente de Câmara mas se o vencedor for o PCP (ou CDU), o presidente é mais ou menos aleatório. A vontade da população não é muito importante. Importante é o interesse ditatorial da direcção do PCP, que é como quem diz, o interesse do colectivo. Aconteceu primeiro em Setúbal e agora na Marinha Grande.

No entanto, todos nos lembramos que quando Durão Barroso se demitiu de primeiro-ministro cedendo o lugar a Santana Lopes, ou quando Carmona Rodrigues se demitiu da CML, um dos partidos que mais se insurgiu exigindo eleições antecipadas, foi precisamente o PCP. A isto chamo Democracia Selectiva (há portugueses que lhe chamam “Troca-Tintas”).

Isto poderia ser motivo para rir como se de uma anedota se tratasse. Mas não! Trata-se do partido que gere os destinos da terra onde vivo, ou seja, que gere de certa maneira o meu dia-a-dia.

Assustador, não é? Mas foram os escolhidos pela maioria de “nós”!
Rui Viana

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Jogo de Xadrez

Para muitos, uma das seduções da política sempre foram os jogos de bastidores, onde as pessoas são movimentadas como peças de um xadrez humano, com reis, rainhas, peões, e também os bispos.

Os bispos, essa figura obscura e poderosa na Idade Média (religiões à parte) que se movimentavam na retaguarda, mas dominavam o jogo, controlando reis e rainhas a seu bel-prazer.

Hoje como antes, continuam a haver os peões, vistos como carne para canhão; os reis, quais testas-de-ferro; e os bispos, a referida figura temerosa que tenta a todo o custo manter o controlo do jogo, tentando ditar as regras na retaguarda de forma a manter o controlo de reis e peões, de forma a manter um reinado bacoco e quiçá vazio de obra-feita.

Modernamente, há quem lhes chame “barões da politica”, mas a tradição já não é o que era, e veja-se o exemplo do PSD onde as opiniões destes barões foram dizimadas por uma nova vaga com vontade de fazer coisas também novas e diferentes, quem sabe até imprimir uma nova dinâmica ética e cívica!
Rui Viana

PS: Desculpem-me a falta de lógica objectiva deste texto, mas hoje o meu cérebro está para divagar. Ou talvez não…

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Porquê a politica?

Há dias escrevi num comentário que não tenho a pretensão de ser político, mas é um facto que tenho sido empurrado para lá.

Sempre fui apologista de uma velha máxima que os americanos (com todos os seus defeitos e virtudes) levam à letra: “If you want better, do it yourself!”(Se queres melhor, faz tu mesmo!).

O que me levou a aceitar esta envolvência na política foi precisamente o facto de não me rever na atitude de muitos políticos: Irracionalmente ambiciosos, pouco éticos, pouco cívicos, pouco preocupados com a sociedade em geral. Como tenho dito, felizmente o caso não cobre a totalidade dos mesmos, mas é suficiente para distorcer o trabalho dos poucos que pretendem trazer uma melhor qualidade de vida aos cidadãos em geral.

Então, enquanto cidadão devo eu mesmo, como cada um de nós, cumprir o meu dever cívico em prol daquela sociedade que eu quero para mim próprio. Como dizia John Lennon “You may say, I’m a dreamer, but I’m not the only one!” (Podem dizer que sou um sonhador, mas não sou o único!). Sei que poderei não conseguir mudar o mundo, mas se conseguir por mim próprio mudar um pequeno bocadinho, junto com os vossos pequenos bocadinhos, então eu sei que contribuímos para deixar uma sociedade melhor para os nossos filhos!
Rui Viana

domingo, 21 de outubro de 2007

Uma nova vaga a chegar?

Há gente nova (jovem) a deixar comentários construtivos nos blogues. Espero que isso signifique que uma nova vaga está a chegar à política concelhia, pois o tecido político do nosso concelho precisa de mudança com urgência. Novas ideias, mais sentido cívico, novas atitudes na discussão politica.

Não pretendo com isto que seria ideal afastar os antigos políticos pois não devemos abdicar da sua experiência, mas acredito que estes em contacto com essas novas atitudes, se reciclariam a si mesmos, quer na visão politica, quer na postura cívica, quer na aceitação de novos valores.

Também a actividade das Jotas terá de ser reciclada, pois as suas formas de actuar estão mais ultrapassadas que as politicas da nossa CMS.

Pais, incentivem os vossos filhos a exercerem os seus direitos cívicos.
Filhos, chamem à atenção dos vossos pais para o facto de que as nossas vidas estão na mão dos nossos políticos e que por isso devem exigir deles mais ética e profissionalismo, em prol de uma sociedade melhor.
Rui Viana

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

EVENTOS PARTICIPATIVOS vs ORÇAMENTO PARTICIPATIVO

De vez em quando desperta dentro de mim um diabrete vermelhinho que me leva a espicaçar os vermelhões.
Pensei pedir ao meu partido que me autorize a organizar no concelho um conjunto de acções denominadas “EVENTOS PARTICIPATIVOS” e que serão debates abertos à população com a presença de figuras ligadas ao governo ou ao tecido empresarial.
Obviamente que pretendo demonstrar que é mais fácil captar a atenção da população dando espaço para defender as suas ideias, do que abanando com meia dúzia de euros para o fantástico “ORÇAMENTO PARTICIPATIVO”.
De forma a desenvolver um projecto do agrado de todos, deixo aqui o pedido de colaboração a todos os Sesimbrenses no sentido de indicarem quais as figuras que gostariam de receber nestes eventos no nosso concelho, bem como os temas a debater. Tenho em mente organizar estes debates mensalmente. A caixa de comentários está à vossa disposição.
Rui Viana

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

A minha relação com a politica

Num post do “meu vizinho” Magra-Carta o autor Carteiro escreve o seguinte:

“Desta notícia da zona, retiro ainda a revelação (para mim, ignorante nestas e outras coisas) de que Rui Viana é membro da concelhia do PS.Agora percebo melhor a militância (real ou putativa) do blogue "Ao meu lado", facto que aplaudo pois julgo que seria saudável para a democracia local a afirmação plena de uma tal bandeira com as cores do PS, sem ambiguidades nem equívocos.”

Embora tenha escrito praticamente desde o 1º post que sou militante do Partido Socialista, apresentando-me sob pseudónimo não teria muita lógica explicar muito mais. Agora perfeitamente identificado e na sequencia desta opinião do Carteiro, decidi explicar em pormenor a todos os leitores, o tipo de envolvimento que tenho com o Partido Socialista.

Efectivamente estive ligado à política na juventude em diversas associações de estudantes, tendo-me afastado depois por dedicação absoluta à profissão. Há cerca de 3 anos, por “imposição” de um familiar ligado há muitos anos ao PS em Sesimbra, inscrevi-me como militante tendo tido o orgulho de ver a minha inscrição ser proposta pelo Amadeu Penim. Daí para cá, entrei para a Comissão Politica Concelhia, fui convidado para integrar um pseudo-secretariado que se extinguiu agora com a demissão de Alberto Gameiro e organizei o evento que trouxe a Sesimbra o ministro Vieira da Silva.
Sou também Coordenador do Departamento para as Autarquias Locais na Federação Distrital de Setúbal do PS.

Com este esclarecimento, penso que ficarão dissipadas quaisquer dúvidas acerca das minhas ideologias. Já agora aproveito para dizer que ao contrário de um comentário que li no Magra-Carta, não creio que tenha sido somente a minha carta aos militantes do PS que tenha motivado a demissão do Presidente da Concelhia.
Fico ao dispor dos leitores para esclarecer qualquer dúvida que possa ainda ficar acerca do meu envolvimento na política.
Rui Viana

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Distrito de Setúbal: Espaço com futuro

(reposição de post publicado anteriormente)
Segundo um guru da economia, o sul de Portugal (mais concretamente os distritos de Setúbal, Beja e Faro) irá desenvolver-se mais nos próximos 30 anos, que o resto do país todo junto.
De facto, se houver uma boa coordenação de estratégia para o nosso distrito, este tem potencialidades de desenvolvimento quer económico, quer social muito acima da média nacional. Atente-se que com a criação da plataforma logística do Poceirão, este distrito poderá ser um nó inter modal de relevo no eixo de transportes Europa – Atlântico, fazendo a ligação entre as linhas marítimas com entrada nos portos de Setúbal e Sines, com as linhas ferroviárias normais e de alta-velocidade, com as linhas rodoviárias de ligação a Madrid e resto da Europa e finalmente com a hipótese de ligação ao possível Aeroporto de Alcochete. Isto transformaria o nosso distrito num nó de transportes incontornável, o que contribuiria obviamente para o desenvolvimento industrial e logo económico. Isto levaria também muitas indústrias a alojarem as suas produções nas redondezas do Poceirão pela economia e facilidade na expedição dos seus produtos para qualquer parte do mundo. A hipótese existe, falta a capacidade de gestão e coordenação entre as entidades competentes para a região.
Falarei oportunamente das grandes oportunidades de desenvolvimento da indústria de turismo no nosso distrito.
Rui Viana

O futuro turístico do distrito de Setúbal

(reposição de post publicado anteriormente)
Na minha óptica, o distrito de Setúbal tem todo o potencial para fazer coexistir com a industria que se perspectiva, um turismo de topo, abdicando da quantidade em prol da qualidade.
A sul do Sado, as coisas começam a estar encaminhadas, quer em Tróia, quer na Comporta, quer alguns outros projectos já aprovados e em fase de arranque.
Na Península de Setúbal, o arco ribeirinho tem alguns pontos com capacidade para um tipo de turismo semi-rural especialmente na zona de Alcochete. A Costa da Caparica poderá melhorar, mas dificilmente se livrará do turismo de massas (inclusivamente será necessário manter um espaço com essas características). O Portinho da Arrábida poderá explorar um tipo de turismo de altíssima qualidade e muito restrito, mas também não se poderá desenvolver muito, pois está numa zona cheia de restrições ambientais. Por fim, o concelho de Sesimbra poderá desenvolver e melhorar o conceito que já explora na vila, o turismo de qualidade média-alta. No entanto falta desenvolver a zona Meco / Lagoa de Albufeira com um potencial imenso e ainda muito mal explorado. Eu diria mesmo que é premente legislar e controlar, pois a Aldeia do Meco está a entrar por um caminho do tipo Algarve no seu pior. È por aqui que o concelho deve desenvolver o seu turismo de qualidade, sendo ambicioso e decidido no alcance desse objectivo.
Confesso não ter conhecimentos de como o concelho se pode substituir ao Turismo da Costa Azul, que a menos que haja uma revolução interna, dificilmente aquele organismo fará melhor do que fez até hoje. Numa primeira fase, é urgente actuar e organizar uma grande discussão pública sobre o caminho a seguir, recorrendo a especialistas sobre o assunto. Cá estaremos disponíveis para aprender e ajudar.
Rui Viana